segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Idílio

Queria te dar de presente uma poesia,
Mas todas as que encontrei falam de avôs velhos,
Fracos, próximos à morte

Nenhum deles se parecia com meu avô;
Definitivamente não.
Meu avô é vivo, o homem mais vivo que conheço.

Meu avô não é passado.
É sim memória e saudade,
Mas essas todas são coisas do presente

E é isso que meu avô é:
Presente.
Vida. Aqui e agora.
O sorriso nosso de cada dia;
O abraço repartido na ceia.

É passado atualizado,
Experiência e sabedoria sempre recriadas.

E é futuro.
Não só experiência, mas expectativa.
Esperança -
A base de todos nós.

Meu avô não é a personagem dos poemas deprimentes que li.
Não é o senhor enfraquecido, saudosista, deprimido.
Meu avô é a poesia, a alegria, a brisa do mar que enche os pulmões de vontade.

O tempo não passou para o senhor, vô.
O senhor é que passou por ele,
Lhe oferecendo um sorriso e um até logo.

Mas sempre de braços abertos, sem lhe dar as costas. Aberto para abraços e mais abraços.

Mestre do tempo.
Passado-presente e presente-futuro -
Experiência e expectativa -,
Presente -
Sabedoria.

Vô, o senhor é homem-vida.
Pois é uma daquelas pessoas especiais
Que fazem a vida valer a pena.

Por teu amor simples e puro,
A utopia que nos faz seguir em frente.
Homem que nos faz sonhar.
Nosso eterno idílio.

2 comentários:

  1. Que lindo! Se você não mostrar isso pro seu avô eu te aconselho a escrever sua próxima poesia sobre a namorada q espanca o namorado... =)

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