quinta-feira, 28 de julho de 2011

Tempo

Os remos deitados na água
E o rio a bocejar

Você e eu
Deitadus nú sofá
E u rio ao bocejar

Eu - só -
Deitado sem vida
No chão
E u, rio, a bocejar

Eu
De pé!
O rio acordou

domingo, 10 de julho de 2011

Algumas explicações

Pedem-me, às vezes,
Que eu explique minhas poesias.

Ora, não posso explicá-las!
O que posso fazer é interpretá-las.

Não posso explicá-las porque não sou eu que as escrevo.
São elas que se escrevem através de mim.

Poema machista

Tuas coxas grossas
Mais parecem duas coxas de frango
Dessas que são disputadas por inúmeras mãos masculinas
Nos almoços de domingo

É engraçado
Pensar em pernas tão fartas
Como simples coxas de frango,
Mas não poderia ser diferente...
Afinal, tu és uma galinha!

Não pense, porém,
Que és tu uma galinha qualquer.
És, certamente, a mais deliciosa de todas que já comi.