sábado, 5 de maio de 2012

O não-eu que sou

Ondié quieu tô?
Prondié quieu fui?
Janum missinto mais
Janum seimais quem sô

Não existi'um eu
Só essa secura
De árvore morta
Vazia de verde

Só essa semi-vida
Que searrasta,
Hora querendo viver,
Hora querendo desviver
Esperança que searrepende antes de serrealizar

O sol, que antes fazia verdejar,
Queas vezes torravaos galhos, tiravaa vida
Agora, simplesmente, apagou-se

Sossobrou a lembrancenevoada
Coração morto
Queainda pulsa fraco,
Mas quenão bombeia nada

Passado que jasse foi, que não sepode reviver
Futuro que nunca chega, e nunquexestirá
Um eterno prisioneiro desse presente atemporal
É só o que há

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